Mãos que se tocam
e se encontram
numa cidade que não é minha.
Encontro-te no toque.
Pressinto-te.
A noite apresenta-se com rosas e roxos.
É a hora ambígua das almas em comunhão.
E passeio-me em ti, como na minha cidade
que desconheço onde é.
Perco-me
Não conheço a tua geografia, apenas a intuo.
É uma viagem infinita, nos caminhos do outro.
Não tem nortes ou suis
apenas pontes que atravesso.
Nos sons de Bach
Reconheço-te.
Maria Teresa Mota