sábado, 16 de abril de 2011

LINHA DE RUMO

Quem não me deu Amor,
Não me deu nada.
Encontro-me parado...
Olho em redor e vejo inacabado
O meu mundo melhor.

Tanto tempo perdido...
Com que saudade o lembro e o bendigo:
Campos de flores...
E silvas.

Fonte da vida fui. Medito. Ordeno.
Penso o futuro a haver.
E sigo deslumbrado o pensamento
Que se descobre.

Quem não me deu Amor, não me deu nada.
Desterrado,
Desterrado prossigo.
E sonho-me sem Pátria e sem Amigos,
Adrede.

Ruy Cinatti
in « O livro do Nómada meu Amigo», 1958



2 comentários:

  1. Adoro passar por aqui

    Um beijo e umasletras



    PRADO VERDE


    Como o prado é verde...
    Verde com salpicos aqui e ali...

    Mas o todo é sempre verde...
    E o olhar corre toda a extensão...
    E fico a ver o verde o tal verde...
    Que nos dá liberdade...
    Que nos mostra esperança...
    Que nos deixa que o infinito seja verde
    E deixa que os olhos continuem...
    A olhar e continuem a amar!...

    LILI LARANJO

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  2. Belo poema, que nos diz o que hás vezes esquecemos. Por mais voltas que demos, o maior benção que temos é o amor.

    Beijinho

    Vieira MCM

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