Desvio dos teus ombros o lençol
que é feito de ternura amarrotada,
da frescura que vem depois do Sol,
quando depois do Sol não vem mais nada...
Olho a roupa no chão: que tempestade!
há restos de ternura pelo meio,
como vultos perdidos na cidade
em que uma tempestade sobreveio...
Começas a vestir-te, lentamente,
e é ternura também que vou vestindo,
para enfrentar lá fora aquela gente
que da nossa ternura anda sorrindo...
Mas ninguém sonha a pressa com que nós
a despimos assim que estamos sós!
David Mourão-Ferreira
infinito pessoal ou a arte de amar-1962
Este poema é verdadeiramente delicioso...Gosto muito de David Mourão-Ferreira.
ResponderEliminarA foto, delicada...e linda.
Bella tu poesía..
ResponderEliminarSé que paso poco tiempo por tu espacio, por los blog.
Lo siento pero siempre disfruto de tu espacio..
Te dejo un abrazo
Con mis
Saludos fraternos de siempre..
Que disfrutes del fin de semana....
Preciosa poesia,
ResponderEliminarun placer pasar por tu casa.
te dejo mi saludo y feliz finde.
un abrazo.