Pequenas coisas
Falar do trigo e não dizer
o joio. Percorrer
em voo raso os campos
sem pousar
os pés no chão. Abrir
um fruto e sentir
no ar o cheiro
a alfazema. Pequenas coisas,
dirás, que nada
significam perante
esta outra, maior: dizer
o indizível. Ou esta:
entrar sem bússola
na floresta e não perder
o rumo. Ou essa outra, maior
que todas e cujo
nome por precaução
omites. Que é preciso,
às vezes,
não acordar o silêncio.
Albano Martins
Muito gosto em voltar a vê-la por aqui!
ResponderEliminarBeijinhos!
Deambulei por aqui.
ResponderEliminarE, desejo felicidades.
MANUEL
Que é preciso,
ResponderEliminaràs vezes,
não acordar o silêncio.
-----------
É que por vezes o silêncio faz muito barulho.
---
Felicidades
MANUEL