quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Poesia

Quanto, quanto me queres?-perguntaste
Numa voz de lamento diluída;
E quando nos meus olhos demoraste
A luz dos teus senti a luz da vida.

Nas tuas mãos as minhas apertaste;
Lá fora da luz do Sol já combalida
Era um sorriso aberto num contraste
Com a sombra da posse proibida...

Beijá-mo-nos, então, a latejar

No infinito e pálido vaivém
Dos corpos que se entregam sem pensar...

Não perguntes, não sei-não sei dizer:
Um grande amor só se avalia bem
Depois de se perder.


António Botto





3 comentários:

  1. Quantificação do Amor? - o poeta A. Botto conhecia esse estranho sentido.
    Um abraço
    Chris

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  2. *
    óptima escolha,
    ,
    Eu hontem passei o dia
    Ouvindo o que o mar dizia.
    Chorámos, rimos, cantámos.
    Fallou-me do seu destino,
    Do seu fado...
    ,
    in-antónio botto,
    ,
    conchinhas, deixo,
    ,
    *

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