quarta-feira, 15 de junho de 2011

Como se de repente ao coração do sol

Como se de repente ao coração do sol
as raízes da luz alguém as arrancasse...
Como se de repente as hélices do vento
arranhassem o ar, e o Mar estivesse perto...
Como se de repente o Mundo entontecesse...

Foi tudo de repente e tudo ao mesmo tempo:
escuridão, rumor, frescura, movimento.

Mas de entre as espirais confusas quem sabia
se era de novo amor, se era só melodia?

David Mourão-Ferreira


3 comentários:

  1. Este poema de DMF é lindo. Quanto à foto, soberba. Uma imensa riqueza de tons.

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  2. oi. tuo blz? estive por aqui. muito legal. gostei. apareça por la. abraços.

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