sexta-feira, 16 de outubro de 2009
Primeiro a tua mão sobre o meu seio,
Depois o pé-o meu-sobre o teu pé.
Logo o roçar urgente do joelho
e o ventre mais à frente na maré.
É a onda do ombro que se instala.
É a linha do dorso que se inscreve.
A mão agora impõe, já não embala
mas o beijo é carícia, de tão leve.
O corpo roda: quer mais pele, mais quente.
A boca exige: quer mais sal, mais morno.
Já não há gesto que se não invente,
ímpeto que não ache um abandono.
Então já a maré subiu de vez.
É todo o mar que inunda a nossa cama.
Afogados de amor e de nudez
somos a maré alta de quem ama.
Por fim o sono calmo, que não é
senão ternura, intimidade, enleio:
o meu pé descansando no teu pé,
a tua mão dormindo no meu seio.
Rosa Lobato Faria
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Ana
ResponderEliminara poesia
é um pouco de magia e felicidade..
eu como tu... amo a poesia...
beijos
Un gusto inmenso conocer tu blog.. es maravilloso.. una poesía excelente
ResponderEliminarTe sigo para poder leerte con mas frecuencia..
Un abrazo
Con el saludos fraternos de siempre
Que tengas una buen fin de semana...