domingo, 18 de outubro de 2009
Tarde de mais...
Quando chegaste enfim, para te ver
Abriu-se a noite em mágico luar;
E para o som de teus passos conhecer
Pôs-se o silêncio, em volta, a escutar...
Chegaste, enfim! Milagre de endoidar!
Viu-se nessa hora o que não pode ser:
Em plena noite, a noite iluminar
E as pedras do caminho florescer!
Beijando a areia de oiro dos desertos
Procurara-te em vão! Braços abertos,
Pés nus, olhos a rir, a boca em flor!
E há cem anos que eu era nova e linda!...
E a minha boca morta grita ainda:
Porque chegaste tarde, ó meu Amor?!...
Florbela Espanca
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Querida Amiga,
ResponderEliminarEm primeiro lugar, não posso deixar de agradecer a tua visita e comentário em meu blogue.
Em retribuição, apraz-me visitar este teu cantinho onde, numa primeira observação, encontro o amor que o expressas, soberbamente, também, com amor pela poesia.
um beijinho
Ana
ResponderEliminarè Isso ...
Tudo carregado de verde...
Verde...
Com a verdade...
com o amor..
E com a alegria de viver.
um beijo
CHEGOU O PINTOR
Vinha vestido de preto...
Com boné preto e lindo...
Vestia uma bata branca...
Para cobrir o fato...
E não deixar a tinta passar...
O pintor pega na paleta...
Coloca um emaranhado de tintas...
Tintas de todas as cores...
Verdes, amarelas...
Roxos, azuis e encarnado...
Pegou no pincel...
E com arte...
Com saber...
Com magia...
Entrelaçou as cores...
Entrelaçou o seu saber...
Entrelaçou afectos...
E no fim eu olhei...
E nun canto...
Num canto muito especial...
Eu vi...
Umas pintinhas...
Volto a olhar...
E nessas cores...
Nessas pintinhas...
Eu vi que era... "eu"...
LILI LARANJO
Nunca é tarde...
ResponderEliminarbeijo
Belissimo o soneto.
ResponderEliminarObrigada pela visita
beijito