Mastros quebrados,singro num mar d'Ouro
Dormindo fogo, incerto, longemente...
Tudo se me igualou num sonho rente,
E em metade de mim hoje só moro...
São tristezas de bronze as que inda choro-
Pilastras mortas, mármores ao Poente...
Lajearam-se-me as Ânsias brancamente
Por claustros falsos onde nunca oro...
Desci de Mim. Dobrei o manto d'Astro,
Quebrei a taça de cristal e espanto,
Talhei em sombra o Oiro do meu rastro...
Findei...Horas-platina...Olor-brocado...
Luar-ânsia...Luz-perdão...Orquídeas-pranto...
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-Ó pântanos de Mim- jardim estagnado...
Mário de Sá-Carneiro
Paris1914-junho 28
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ResponderEliminarAh! que as tuas nostalgias
fôssem guisos de prata -
Teus frenesis, lantejoulas;
E os ócios em que estiolas,
Luar que se desbarata...
,
in-Mário de Sá-Carneiro,
,
conchinhas,
,
*