terça-feira, 28 de dezembro de 2010

domingo, 26 de dezembro de 2010

TORMENTA

Que jaz no abismo sob o mar que se ergue?
Nós, Portugal, o poder ser.
Que inquietação do fundo nos soergue?
O desejar poder querer.


Isso, e o mistério de que a noite é o fausto...
Mas súbito, onde o vento ruge,
O relâmpago, farol de Deus, um hausto
Brilha,e o mar scuro struge.  

Fernando Pessoa (1888-1935)

Mensagem
(edição de Fernando Cabral Martins) 


terça-feira, 21 de dezembro de 2010

domingo, 12 de dezembro de 2010

Divaga 
o olhar
a mão que toca o mundo.
Descansa permitindo-se ser
Permeando-se no universo numa intrincada teia de luzes.
Encontrando o tudo e o nada.
Divaga
Procurando agora o sentido
aqui
No Espaço.
Nas quatro dimensões.
O sentido
não o último, mas o que intermedeia a vida e a morte.


Efémeros sentidos
Prazer de ser.
Imensa mistura de terra e céu.
Aqui simplesmente aspiro Ser


Maria Teresa Mota