segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

NEVOEIRO

Nem rei nem lei, nem paz nem guerra,
define com perfil e ser
este fulgor baço da terra
Que é Portugal a entristecer –
brilho sem luz e sem arder,
como o que o fogo-fátuo encerra.



Ninguém sabe que coisa quer.
Ninguém conhece que alma tem,
nem o que é mal nem o que é bem.
(Que ânsia distante perto chora?)
Tudo é incerto e derradeiro.
Tudo é disperso, nada é inteiro.
Ó Portugal, hoje és nevoeiro...


É a Hora!

Fernando Pessoa








4 comentários:

  1. *
    Gostei do teu postado !
    ,
    retorno
    e o meu regresso
    tem as asas da boa vaga
    esquecendo a onda amarga
    tão triste no seu quebrar,
    porém, é belo o seu trovar,
    ecos fortes e salgados,
    na Paz , “standarizada” !
    dos meus votos sagrados,
    que aqui deixo, bem expresso !
    ,
    conchinhas, muitas, para ti !
    *

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  2. Excelente poema de Fernando Pessoa....
    Votos de continuação de Boas Festas....
    Cumprimentos

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  3. Lindo Nevoeiro Um beijo neste novo ano






    Novo Ano
    Nova Vida
    Nova Esperança...
    Novo Recomeçar...

    E neste Ano

    Eu quero
    Nova Vida
    Nova Esperança
    Novo Renascer...

    Com a certeza
    Que se quisermos
    Podemos fazer
    Deste Ano...

    Um Ano Novo
    Um Ano Melhor!...

    LILI LARANJO

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  4. Really awesome post . Personnally I really related with it. one word magnifique. i feel connected somehow continue writing ill be following u follow me

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