terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Pequenas coisas

Falar do trigo e não dizer
o joio. Percorrer
em voo raso os campos
sem pousar
os pés no chão. Abrir
um fruto e sentir
no ar o cheiro
a alfazema. Pequenas coisas,
dirás, que nada
significam perante
esta outra, maior: dizer
o indizível. Ou esta:
entrar sem bússola
na floresta e não perder
o rumo. Ou essa outra, maior
que todas e cujo
nome por precaução
omites. Que é preciso,
às vezes,
não acordar o silêncio.

Albano Martins




3 comentários:

  1. Muito gosto em voltar a vê-la por aqui!
    Beijinhos!

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  2. Deambulei por aqui.
    E, desejo felicidades.

    MANUEL

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  3. Que é preciso,
    às vezes,
    não acordar o silêncio.
    -----------
    É que por vezes o silêncio faz muito barulho.
    ---
    Felicidades
    MANUEL

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