segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Aos mil e um sem abrigo


Mais uma noite ao relento
Corpos maltratados e sem alento
Tristeza de um maldito fado...
Corpos nascidos da terra lenta
São força parda e lamacenta
Simples papel amachucado


Sal das vidas...um vintém
Na espera contínua de alguém
E lembram a dureza, a secura
Sonata da vida tão incerta
E enquanto a cidade desperta
São farol em noite escura



Ana Flausino 





2 comentários:

  1. Bela imagem .Adoro a fotografia .
    Verso sobre os sem abrigo está muito bem conseguido .
    Blog sempre bonito ,bem apresentado e muito dinâmico
    Beijinho

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  2. Simples papel amachucado
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    Complexo e mau este mundo que nos escraviza. Os sem abrigo são a consequência.
    ---
    Felicidades

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