domingo, 28 de março de 2010

CHAMA-LHE VIDA

insistir no erro ou chamar-lhe vida
escorregar para o cimo do nada
permanecer
verter a dúvida e soprar a dor


silêncios da alma feita gestos e choro inaudível
mas sentes que o que vês é pouco e o que não vês não é


dispersão, compressão, desesperança, terramotos longínquos impacientes
soterrados em mel
não sabe nem bem nem mal, só a estar preso.


Ana Ventura



 

4 comentários:

  1. Chama-lhe "Sobreviver". Viver sem sabor, viver no vazio não passa disso mesmo. Um tudo cheio de nada.

    Adorei este poema e as tuas fotos, sinceramente, têm vindo a ser cada vez mais fabulosas.

    Beijinho.

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  2. Ana Isabel,

    Apesar da fragilidade da vida, viver não pode ser um cinzento indefinido e indiferente, onde só as palavras resistem ao precário sabor das coisas!


    Beijo
    AL

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  3. Ana Isbel

    um café...
    Um carinho...
    E o livro já chegou seguirá ....para aí...


    Beijinhos Pascoa Feliz

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