sexta-feira, 20 de agosto de 2010

POESIA

Pinto na janela a tormenta
de um mar imaginado.
De costas para a lua
preparo a minha fuga.
Enrolo à volta do corpo
a primeira onda:
a derradeira âncora
para roçar na boca
o lamento verde
das marés.

Graça Pires

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