segunda-feira, 7 de novembro de 2011

O CREPÚSCULO DOS HOMENS

Eram homens, aqueles que ficaram
depois dos deuses mortos, esquecidos...
Só que os homens, por fim, também pensaram
serem deuses. E logo, consumidos.
Com a cisão do átomo, vibraram.
E ficaram depois mais desunidos
com as coisas que os deuses lhes legaram:
auroras e crepúsculos seguidos.

Mas não se avista ainda o fim da dança.
Para lá do crepúsculo se lança,
desafiando monstros e dragões.
Imitação ou mera semelhança,
como os deuses o homem não descansa.
Afaga a brisa e surgem-lhe tufões...

HERNANI DE LENCASTRE


3 comentários:

  1. Olá Ana Isabel
    Quero só deixar aqui registado o meu elogio a tão bonito blog, gosto muito das poesias que escolhe para dividir com todos nós.
    Beijos carinhosamente...Anny

    ResponderEliminar
  2. Um homem, um homem simples e bem longe dos Deuses ou na sua crença alicia-se na criação deste teu espaço, talvez seja porque sou simplesmente um Homem crente que um dia os Homens se respeitem na sensibilidade da poesia
    Cumprimentos

    ResponderEliminar
  3. Encontrei-te
    nesta viagem diária
    de romeira ou peregrina
    vim pelo caminho de santiago
    indicado
    por quem colhe imagens como flores
    e aqui me detenho e me demoro
    pela música
    pela palavra escrita
    ou então
    (e também)
    por teres o nome
    do maior dos meus amores

    ResponderEliminar