sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

SONETO QUASE INÉDITO

Surge Janeiro frio
e pardacento,
Descem da serra os lobos
ao povoado;
Assentam-se os fantoches
em São Bento
E o Decreto da fome
é publicado.


Edita-se a novela do
Orçamento;
Cresce a miséria ao
povo amordaçado;
Mas os biltres do
novo parlamento
Usufruem seis contos de ordenado.


E enquanto à fome o
povo se estiola,
Certo santo pupilo de Loyola,
mistura de judeu e de vilão,
Também faz o pequeno " sacrifício "
De trinta contos - só!
- por seu ofício
Receber, a bem dele...
E da nação...


José Régio
Soneto escrito em 1969

 


















" José Régio e o seu burro " - por Hermínio Felizardo

2 comentários:

  1. Perante o rumo que o país leva por, eu contínuo a dizer eu solto a voz do cântico negro e reafirmo: Não sei para onde vou mas sei que não vou por aí. No entanto surpreende-me o espírito de manada que actualmente põe o país em estado taciturno, soturno e de letyargia.
    É bom ver despertares de compatriotas trazendo à luz outos ilustres pensadores lusos como o grande José Régio.
    Obrigado por essa partilha, é por isso que eu também gosto de poesia e fotografia...

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  2. Ana deixo com carinho


    vim deixar um beijinho.

    E dizer que sexta feira 13 ou 14 é a mesma coisa.
    O importante é sermos nós.
    E fazermos o que gostamos e sentirmos que fazemos o nosso melhor.
    Eu sou prova de isso mesmo.
    muita gente com a minha saúde estava a morrer e a tentar piedade. Eu gosto de ser forte.Eu gosto de lutar.
    Depois gosto muito dos meus amigos e da minha família.

    Depois sinto a tristeza de andar por aqui..
    E sentir que alguém me odeia...

    tenho uma pessoa que entra no blog como anónimo(A) e sempre que lanço um livro ou faço uma coisa bem feita entra e insulta-me gratuitamente com o pior que pode haver.Desta vez até me acusa deste Pais estar mal por minha causa...

    tenho enviado o mail a algumas pessoas e não querem acreditar no que lêem.

    Para mim não faz diferença, se por ele(a) passar um acidente que fique numa cadeira de rodas e a seguir um cancro.. espero que me diga depois como foi fácil viver e dar a volta por cima.

    A minha poesia causa-lhe asco mas eu não mando ler ,o meu blog tmb que causa asco, mas não tem que vir aqui...
    Aqui a minha casa para eu estar com quem gosto...OS meus AMIGOS.

    Depois ,um anónimo é um cobarde sem rosto.É uma pessoa mal amada e penso que com graves problemas familiares mas uma pessoa assim nunca poderá ser feliz..
    faça um buraco e esconda-se...

    Peço desculpa mas o anónimo diz que anda pelos blogues a ver o que escrevo, por isso a mensagem fica.


    A net tem destas coisa...deixa entrar tudo e ás vezes entra lixo..contra isso nada feito.

    Beijos e poesia no meu Cantar África.




    Estão diligências para descobrir quem é...( mas aceito ajudas...)

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