quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

SONETO

Não pode Amor por mais que as falas mude
exprimir quanto pesa ou quanto mede.
Se acaso a comoção falar concede
é tão mesquinho o tom que o desilude.

Busca no rosto a cor que mais o ajude,
magoado parecer aos olhos pede,
pois quando a fala a tudo o mais excede
não pode ser Amor com tal virtude.


Também eu das palavras me arreceio,
também sofro do mal sem saber onde
busque a expressão maior do meu anseio.


E acaso perde, o Amor que a fala esconde,
em verdade, em beleza, em doce enleio?
Olha bem os meus olhos, e responde.




António Gedeão




 

 

3 comentários:

  1. A imagem é excelente
    o poema soberbo.

    Beijo

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  2. Ana Isabel

    Só Hoje respondo
    não é normal eu demorar dois dias a falar com os meus amigos
    .
    Mas...tenho desculpa...A escola preenche-me o dia todo...e a noite é curtinha...

    como estive a colocar livros nos envelopes o tempo foi escasso.
    Agora mais liberta venho pedir desculpa pelo atraso e deixar ...poesia...
    um beijinho

    COR VERDE



    Cor verde
    Verde dos pinhais
    E dos abetos
    Que alegram
    Os meus olhos...

    ----------
    Olho-os e vejo
    Os pássaros que chilreiam...
    Que voam...
    Que vivem plenamente...
    A sua liberdade...

    ----------
    E olho...
    Fecho os olhos...
    E sinto... que também eu...
    Se fosse ave...

    ----------

    Conseguia voar e ser...
    Totalmente livre...

    LILI LARANJO

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